terça-feira, 30 de junho de 2009

Impactos da Crise - Indústria e Agricultura

Não só no Nordeste, como no Brasil e, porque não dizer em todo mundo, o setor industrial tem sido o que mais tem sofrido com a crise. Apesar do Rio Grande do Norte está se destacando nesse setor nos últimos anos, os estados do Nordeste, mais especificadamente os estados do Alagoas, Sergipe e Paraíba, no geral, apresentam uma indústria pouco desenvolvida. Logo os impactos da crise não vão ser tão sentidos na economia desses estados, devido ao pouco desenvolvimento industrial.

Mas não se pode ignorar os impactos, ainda que pequenos, que a economia desses estados sofreram por conta do prejuízo de suas indústrias. A Paraíba, por exemplo, que possui um setor industrial voltado para a produção têxtil teve sua balança comercial afetada por conta da crise. O principal exportador de produtos paraibanos são os Estados Unidos, com a queda das exportações por conta da crise, seis das dez maiores empresas exportadoras do estado apresentaram retração em fevereiro de 2009. A balança comercial da Paraíba chegou a apresentar um déficit de 21,9% em fevereiro.

O Rio Grande do Norte também possui uma pequena indústria têxtil que se prejudicou com a crise. Mas em contrapartida o setor sucroalcooleiro dobrou seu crescimento em 128,3% em relação ao ano passado, o açúcar ocupando o quarto lugar na pauta de exportações.

Em Alagoas, indústrias de insumo básico, fábricas de fertilizantes também anunciaram queda nas vendas por conta da crise. São indústrias relacionadas a agricultura, setor forte no estado.

No que se refere à agricultura, a fruticultura, setor forte no Rio Grande do Norte, por exemplo, apresentou queda na exportação de alguns produtos. Enquanto o melão, por exemplo, continuou exportando em grandes quantidades, alguns produtos como banana, por exemplo, apresentaram queda. A carcinicultura apresentou uma queda de 32,8% no primeiro trimestre de 2009 em relação ao primeiro trimestre de 2008. As quedas nas exortações potiguares chegaram a 37,8% em 2009 com relação ao mesmo período de 2008. Mas é importante ressaltar que essas quedas também têm uma relação com as cheias que atingiram a região Nordeste em 2008, e não somente com a crise econômica. Tendência presente em todos os outros estados.

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